quinta-feira, 29 de junho de 2023

Se estiveres feliz venha me ver

 

 

E

ra uma vez, um Dragão vermelho-ladrilho e uma comunidade global, alguns pequenos dragões coloridos e pássaros de todas as cores, em especial tucanos verde-amarelo. Dragão vermelho-ladrilho era de cultura antiga, tradicional, cheia de forças e luta de sobrevivência, igual da cor dos ladrilhos vermelhos e antigos que estendiam tapetes em varan
das. Ele agia tão sabiamente que nem mesmo a dúvida reluzia em quem o visse, e como nuvens de seda ao redor do mundo, colocava nas mãos do povo, o poder de escolha, compra e tecnologia. O Dragão habitava a essência do interior do Globo e vivia arrebatadoramente em meio a holofotes externos de seus focos, estradas e rotas afora. Quando subia as escadas para chegar ao topo da Cordilheira, vinha vestido de lembranças ocultas dadas à China no vapor do ópio. Mas no segundo milênio do sul do ocidente, os túneis fomentados à tecnologia e velocidade pareciam lapsos de raios em neon, azuis, violetas e rosas pela eternidade do encontro diplomático entre os tapetes de negócios Brasil-China, Ásia Central e Sul asiático.

Ao tentar ouvir o barulho dos carros em trânsito, só se ouviam ondas cintilantes da rapidez dos metrôs, ônibus e trens. Havia de sentir nas narinas o suave perfume dos antioxidantes de uma cidadania saudável ao horizonte. Estendeu-se um pouco mais ao Oeste e dessa maneira, o Dragão assoprou demasiada ventania educacional e preparatória, as comunidades do Dragão vermelho-ladrilho pertenciam à humanidade e seus habitantes se tornavam, com o contar dos dias, cada vez mais humanizados.

Ao observar com os olhos amarelos de sol, o Dragão suplicou por sossego, um pouco mais, encheu seus pulmões de ar, de oxigênio e de lá do miolo, soltou sua respiração, esbaforindo suor de trabalho, democracia, igualdade, magia do consumo, inteligência, a boa estirpe da educação escolar, familiar, horizontalidade às desmedidas e um romântico elixir da longa modernidade estendida no caminhar que flutua assertivamente ao futuro, de mãos dadas aos dragões de todas as cores que habitam o Planeta.

Dragão vermelho-ladrilho percorria oceanos desbravando mercados e sociedades e, enquanto isso, um tucano verde-floresta viu o desbrochar da flor de peônia no lugar de barricadas, lotados de lástimas passadas juntamente a soldados com ópio. Tucano baixou, fez vídeo, aprovou e brilhou onde “Aqui a geral brilha”, slogan do aplicativo KWAI que viralizou nos últimos anos. O pássaro colorido aflorou em sua memória os pontos nostálgicos sobre adolescência latina, sul-coreana, brasileira, oriental e asiática em geral. Como foco de governo, o tucano verde-floresta considerara muito importante o trabalho da China em relação à economia nos últimos trinta anos. Isso, ele imaginou ser uma moderna e séria política social de inclusão.

Em outros mares e por outras palavras, o Dragão vermelho-ladrilho havia sido notado por suas linhas políticas, econômicas e antropológicas, tamanho era o interesse e curiosidade do dragão rubro de conhecer horizontes a novos nortes. Tucano verde-floresta assistia pelas telas do KWAI (aplicativo de interação social, sucesso no Brasil) no topo da árvore, as missões chinesas, as fofocas de economia, política, etc., e notara que pronunciar o “silk belt", era percorrer um caminho translúcido e fluido pela Eurásia. Enfim, grandes e pequeninos dragões de todas as cores passaram a enxergar como seria a economia chinesa – esclarecedora, inovadora e diferente.

Tucano verde-floresta e dragões de todas as cores haviam percebido que, no terceiro milênio, a independência intelectual, inovação, ideias, projetos e atitudes deveriam ser livres de obstáculos, também deveriam ser dedicados às pesquisas humanizadas e ao idealismo avançado, aquele que é de avanço em nome próprio.

Atualmente, pessoas, dragões e tucanos que se importam  com a interação global – e não mecânica de globalização – e se dedicam ao poder de compra, à democracia do consumo, à inteligência humana, artificial de digitalização, pesquisas de conflitos, armamentos e desarmamentos têm acrescentado novos horizontes além do cansaço mental frente à exploração da capacidade de consumo do povo comum. Ou seja, aqueles que não possuem fácil acesso ao mercado.

Além do mais, o tucano verde-floresta entendia que o dragão vermelho-ladrilho tentava estimular a integração da economia, tanto entre Eurásia – profunda cooperação –  entre UE, e aliás, o resto do globo. Dragão vermelho-ladrilho sorriu do topo do Himalaia, onde estava coberto de neve e viu que a Rota da Seda estava em desenvolvimento comercial com outros países, e respirou aliviado pelas narinas aguçadas. Mas o que enlaçaria as ondas da globalização seria um fator invisível no que diz respeito ao mutirão da massa global consumista e acelerada continuamente: O dragão havia começado a lidar com o mercado global, e se estendia por mares afora pela persevarança de negociações.

Ele balançou a cauda vermelho-rubro e de brilhante, abriu suas asas mantenedoras e circulou o mundo, fazendo com que mercadorias aparecessem em maiores e largas escalas. Então, o poder de compra passou a ser maior para muita gente, inclusive para o tucano verde-floresta que jamais teve condições de ter mais sapatos, mais blusinhas, mais tênis ou mais maquiagem. Diria isto o tucano em cores: nunca havia tocado com as mãos num frasco de perfume importado!

Tucanos de todas as cores estavam se entregando à nostalgia de quando jovens, pequeninos ou adolescentes. “Eu não tinha perfumes!”, dizia uma cor; “eu nunca havia visto tantas maquiagens!”, exclamavam outras tonalidades, “dezenas de brincos”, “uma grande variedade de roupas”, “canetas escolares!”... Hoje um tucano ou uma tucana poderia ter até mesmo mais de um perfume importado no armário – diante disso se percebia a importância da produção da China –  no miolo do Planeta, o Dragão vermelho-ladrilho dormia em cama de esperança no olhar do horizonte, flutuando sobre travesseiros repletos de patos-mandarim,  mantas cintilantes de flores de orquídea e lótus, que brilhavam como zircônia.

Ele, dragão, sentia o espírito, era espiritualizado, sem jamais ter sido religioso. Sua luta à subida no topo da montanha, depois de um século e meio dos pesares da Primeira e Segunda Guerra do Ópio, havia deixado os dragões coloridos entristecidos diante das lástimas envoltas às trincheiras. Entre lutas, guerras, fortes e fraquezas, imaginavam um caminho melhor a seguir no futuro, na própria autoaprovação da exímia capacidade inovadora; os chineses cerraram os punhos para enfrentar outras adversidades da vida, mas dessa vez, o Dragão havia cerrado os punhos junto. Ao sair às ruas comprar, pensou que era extremamente importante uma grande diversão, por isso, os produtos deveriam ser acessíveis. E se milhares de jovens e adultos conseguem retornar às casas com compras, é sinal de que o capitalismo e o mundo globalizado só dão certo assim! O tucano percebera que a réplica da capinha do seu iPhone era idêntica à original, então, tecnicamente, ela seria também de uma origem singular.

O mundo é um crescimento, e estar no mundo requer crescer com ele e para ele; se um dia chegaram à liberdade de expressão e noutro chegaram à democratização de poder de compra, é bem provável que dragões, tucanos, peônias, orquídeas, lótus, patos-mandarim e todas as cores, se agirem em prol dos novos horizontes, desbravarão ainda muitos mares além dos oceanos. Até agora, reinventaram e criaram sociedades e economias cada vez mais esclarecidas, com raízes e veias fortes que vêm e permanecem.

Dragões e tucanos com olhos de rapinas, belos bandos de patos-mandarim em horizontes aos nortes atentam a qualquer movimento. E como dragões de todas as cores, não estavam apenas para a caça do mero produto, mas sim algo com muito mais significado: uma mercadoria de sua personalidade. Com isso, cresceram para entender que não é exatamente disputa, e sim interação social. E o mundo não é uma competição à toa… Como comentaria um conto popular: “O que é mais importante,” perguntou o Grande Panda, “a jornada ou o destino?” “A companhia.” Disse o Pequeno Dragão. Então, o importante diante da rotina não seria exatamente a caça em si, muito mais importante é o prazer, o momento, o interacionismo simbólico e social, a história, a compra on-line do dia, o conto daquele momento, os dragões, o tucano, patos e peônias. Assim como o Dragão vermelho-ladrilho, dragões, cores, mandarim e revoadas de tucanos, de patos, seriam capazes de fazer boas ações nos planos sociais e econômicos, pois a rampa para se levantarem um dia, levaram a um novo tipo de comércio, com grandes aspirações. E assim caminharão dragões e voarão pássaros e patos de todas as cores, sonhando ao longo dos trens de luzes, de cheiros de antioxidante e de barulho pacificador nas ruas. Sonhando livres, voando alto, escolhendo e optando por cada particularidade de pedaços desses sonhos que o capitalismo e a globalização devem oferecer a todos.

Quando o sol de Londrina veio me ver

E

ra um dia calmo, dentro das perspectivas da vida. Havia chovido muito, mas o vento era brando, não chegava a ser uma tempestade tropical, apenas uma frente fria que pela previsão meteorológica duraria alguns dias. No entanto, lá pelas quatro horas da tarde, o sol veio iluminando tudo, pouco a pouco as nuvens corriam para outro oeste, abençoando qualquer pomar pelos interiores adentro. Isso forçava as pessoas a fecharem os guarda-chuvas e a se despirem um pouco dos casacos que as protegiam do tempo úmido. Nos locais de grande concentração urbana, juntavam-se desassossegados os grandes homens da vida, aqueles que labutam no dia e morrem de cansaço na noite, que depois de um desabafo sôfrego para as suas madamas enfeitadas de batom vermelho e brincos de argola, esqueciam-se dos pesos de seus patrões e adormeciam quase feito anjos.

Hanna estava envolta a uma terrível solidão, daquelas que não se alcança normalmente. Pendurada em seu vestido cor de abacate, ela amargurava o ódio da vida, o ansioso fantasma obscuro que a fazia perder o ar. Tentava respirar, mas não conseguia. Era fatalmente uma crise da sua alma tão dolorosa que ficava à espreita, aguardando o momento para adentrar o corpo biológico e fazer sua criatura sofrer de espasmos neuróticos. Sua falta de ar a deixava  tonta e sem forças, tentava não pensar nisso e se transferia aos problemas do mundo, o quanto talvez, as crianças de Chernobyl sofriam mais do que ela. “Ao menos elas sofrem em coletividade, isso acalma e é melhor do que sofrer sozinha no mundo. Em mim, em nós, é cada formigueiro e uma formiga.” Deus fingia não gostar de Hanna quando ela refletia, ele a compreendia, mas não podia falar nada.




domingo, 28 de maio de 2023

Il Caffè del mondo

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Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá, fazendo com que ela ficasse durante quase uma semana feita refém de Lindemberg. O drama terminou de maneira trágica depois de quatro dias. A polícia invadiu o apartamento, o sequestrador se sentiu acuado e dessa maneira, disparou tiros no local, levando a ex-namorada Eloá, à morte.

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Isso também relembra o filme A Montanha dos Sete Abutres, baseado em fatos reais, sobre a lástima do sensacionalismo da imprensa diante dAS tragédias. Um conhecido de um jornalista à falência fica preso em uma mina quando procurava por relíquias indígenas. Aquele acontecimento poderia ser uma grande reportagem, então, o jornalista transforma o resgate em um assunto nacional, atraindo ibope, audiência e curiosos. O ideal é que seu conhecido fique por pelo menos seis dias na mina, e não por apenas algumas horas, e assim o enredo se enlaça na força da caverna. (*TEXTO DE “ADORO CINEMA.COM”*)

 

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Norberto Bobbio questionou sobre o sequestro do italiano Aldo Moro pela brigada vermelha, após o político tentar unir a esquerda e a direita do país, 45 anos atrás. ENTÃO, os jornalistas  indagaram se a ação do sequestro e do assassinato haviam alcançado os objetivos que estavam propostos, e se haviam modificado substancialmente a situação da política italiana. “Essa discussão na verdade, É MORALMENTE REPUGNANTE PELA SUA DESUMANIDADE”,  AFIRMOU NORBERTO BOBBIO.

A VERDADE É QUE SEMPRE É PRECISO RACIOCINAR DIANTE da ÉTICA, ALÉM DO FIM PARA OBTER A PROPOSTA DO RESULTADO. interessa sim e muito saber se a ação foi praticada RESPEITANDO OU TRANSGREDINDO ALGUMAS NORMAS QUE PODERIAM SER CONSIDERADAS UNIVERSAIS.

DIFICILMENTE SE CHEGARIA A UMA BOA RAZÃO, OU SE ENCONTRARIAM BONS ARGUMENTOS.


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A verdade é que não se faz um ser humano de rato de laboratório, SEJA PARA ANGARIAR TELESPECTADORES, PARA PARALISAR A POPULAÇÃO, PARA OBTER UM FIM SEM ANALISAR QUAIS SERIAM AS CONSEQUÊNCIAS. OU ainda, outras situações diversas, como um rapto de uma criança que teria visto a mãe torturada até a morte, empurrada para uma vala juntamente com outrAS VÍTIMAS MORTAIS que lutavam pela democracia e pela humanização jurídica diante, por exemplo, da jurisdição do DOI-CODI. APÓS SEREM RAPTADOS, BEBÊS E CRIANÇAS FORAM ADOTADoS ILEGALMENTE POR MÃOS DE EXTREMA DIREITA, receberam UMA CRIAÇÃO ESTritA PARA ENFRENTAR A ESQUERDA NAS SUAS IDADES MAIORES.


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PORÉM, Não é possível isolar o ser HUMANO de seu inconsciente COLETIVO, seja ele de quaisquer LUGAR de onde venha e por onde tenha habitado. NO ENTANTO, embora um ser humano seja COMPLEXO em demasia, ISSO o IMPOSSIBILITA de ser um rato de laboratório. esse humano que foi feito de rato, PODERIA ser um homem (aquela mesma criança), sem causas e efeitos de ter sido objeto e USO DE BENEFÍCIO DE TERCEIROS? inclusive inventando repentinamente um manual de instrução PARA que a criança se levante um dia na sua maioridade, e entre numa guerra de onde sua própria família tenha sido torturada e assassinada. (já que foi visto e CRIADO sob o OLHAR DE POLÍTICOS DE EXTREMA DIREITA). o que seria justificado para fazer de crianças, ratinhos de laboratório social e político em prol de uma visão particular? ...

na verdade, AS COISAS NÃO MUDAM POR ESSA OU POR AQUELA RAZÃO, MAS aí nesse casso, o que realmente modificou foi a maneira como o ser humano feito de rato possa ter efeitos apenas para ele, E PARA O RESTO DE SUA VIDA.

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“nÃO SE PODE reduzir tudo à POLÍTICA, COMO SE A ÚNICA REGRA DO COMPORTAMENTO HUMANO fosse a conformidade com seu escopo(...) a difusão DO INDIFERENTISMO MORAL é revelada pela FACILIDADE com que se acua de MORALISMO quem quer que tente realizar uma TÍMIDA COLOCAÇÃO sobre os PROBLEMAS DO NOSSO TEMPO com bases nos primeiroS princípios, COMO ‘NÃO MATAR’, ‘NÃO MENTIR’, ‘RESPEITAR OS OUTROS COMO PESSOAS’(...) NORBERTO BOBBIO.

 

“COLOCAR UM PROBLEMA EM TERMOS MORAIS É CONSIDERADO MUITAS VEZES COMO UM SINAL DE FRAQUEZA OU ATÉ DE IGNORÂNCIA. O ADJETIVO ‘IMORAL’, COMO UM ATRIBUTO NEGATIVO DE UM ATO, CAIU EM DESUSO.’ norberto bobbio




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https://ilcaffe.tv/articolo/66946/quattro-nazioni-decisero-a-tavolino-di-fermare-moro


quarta-feira, 19 de abril de 2023

Guerras religiosas, guerras xenófobas, luzes e purgatório

 

Guerras religiosas e guerras xenófobas são planos mundanos e materiais, maldades que nos sufocam e reprimem. O ódio nos aparta do despertar da vontade natural, intensa da alma e nos impede de chegar à essência divina para levar a alma em uma posição mais elevada, com mais ânsia e amor.

Sair da escuridão, optar pela paz, é assim que venceremos a intolerância de árabes contra cristãos, de evangélicos contra religiões africanas, o protestante contra a igreja católica. Assim poderíamos ter maior concentração e aprofundamento no despertar do amor intenso na disposição de se conectar a cada minuto e sentir como objetivo de vida se ligar ao mundo filosófico das descobertas, da felicidade, da divindade, da natureza, do campestre, das luzes, dos elfos, da magia, da neblina misteriosamente alegre. A conexão com a divindade é um movimento eterno, tendo sido satisfatório para a maioria das pessoas que buscam uma existência além da ocupação com os benefícios materiais. Todo mundo sabe disso, toda pessoa conhece alguém que alcançou um milagre, seja na área financeira, de saúde, ou qualquer outra. Independente da escolha de como servir divindades até o modo como compreende luz, santidade e Deus.  Estar na vida nada mais é do que ser um filho primogênito de um rei e de uma rainha que habitam um fantástico castelo cheio de mistérios, magias, fadas e bondades extraordinárias.

A obscuridade do mundo terreno ocasiona na pequenez espiritual, que é aquela alma pequena que jamais percebe que o tempo todo está praticando o mal e se envolvendo na indecência dos planos rebaixados e do ocultismo sombrio do purgatório aonde reinam trevas espirituais em um horizonte de escuridão.

A lógica da luz é que ela é sempre revelada através da escuridão, ou seja, a escuridão também é abençoada de certa forma, mas isso somente ocorre se a pessoa tiver vontade de sair da cobertura rude das crostas materiais, obscuras e decaídas, e a partir disso, enxergar pós-alma-diminuta, a sua essência de águas minerais ao invés dos maremotos dos níveis rebaixados.

Viver num plano iluminado e de santidade vai muito além de se preocupar apenas com uma lista de regras e de atrações do desejo de uma proximidade a Deus somente sendo incorporados ao físico e corpóreo templo de oração. O sagrado, o amor divino parece difícil e frágil quando lhe retiram as preocupações de ordem material, o templo físico que não leva a alma a ter uma sede intensa de amar a Deus e os seres vivos.

Se usarmos a escuridão para alcançar o afloramento da alma, da bondade humana, do espírito de luz, nós saberemos enfrentar melhor os desafios das guerras xenófobas e religiosas. Através do despertar e do perceber nossa origem, nossa divindade e nossa capacidade de sabedoria e consideração, além de compaixão pelo outro.

Às vezes ser diplomático não significa aceitar sempre o meio termo, optar pelo bom ou pelo mal pode também ser uma escolha fundamental à sobrevivência. Isso diz respeito à personalidade, às vontades e à divindade. Mas por outro lado, observar paralelamente as negociações diplomáticas é o acordo mais pleno para obter um plano pacífico, aquele que não escolhe o bandido da história é realmente muito sagaz, na verdadeira diplomacia dos peões, bispos, reis e rainhas. Mas para a intensidade de luz, tolerância e alegria, certamente se deve correr atrás da intensidade do bem.  




domingo, 16 de abril de 2023

Treine sua mente até perceber que só sofre se permitir

 

Treine sua mente até perceber que só sofre se permitir

Aonde existe verdade nesse conteúdo? Não saberia dizer até que ponto temos que persistir num caminho que não existe desafios, mudanças, sentimentos de raiva, sofrimento e lágrimas. A declaração acima não existe posteriormente a nada, mesmo se trabalhar diariamente para que a gente nunca sofra, deixemos a observação para quando a existência dos problemas sejam tratados com frivolidade de acordo com a norma derradeira de que os instintos estão por terra, como se não existisse sinal nenhum de animal e ser vivo que somos. O efeito de estar vivo nos faz pensar que vivemos sem efeitos colaterais, qualquer ação movida por nós mesmos ou pelos outros nos faz amar ou sofrer, porque uma vez que somos seres espirituais e dotados de um corpo que nos completa em intuições, revoga a ideia de que você só sofre se permitir. Existem pessoas que sofrem mais, outras não possuem a força devoradora e sagaz de que é preciso para sofrer de maneira demasiada. Isso não dá o direito de um eterno guerreiro e sofredor competir seu sofrimento com quem leva uma vida mais plena e distante de tantos problemas. O delírio do bem estar está causando uma ilusão de um direito paradisíaco de uma vida inexistente, claro que, fazer viagens, comprar roupas novas, comer em restaurantes, ter um lugar aconchegante para descansar a cabeça na hora de sono nos faz mais completos, mas completude não significa não sofrimento. Até mesmo pelo que eu já disse, de sermos seres humanos que têm a capacidade de pensar e sentir. É eloquente que uma pessoa espiritual e de corpo humano revestido de instinto, micro e macro organismos, de raciocínio e de horizonte esclarecido sintam, mesmo que não cotidianamente, essa constitucionalidade biológica do sofrimento. Imaginar casas na montanha no pôr do sol é digno de dar acalanto à alma, mas talvez essa não seria a pílula da felicidade e da plenitude. Ser alegre é gostoso sim, mas há de se admitir que precisamos ser humildes para perceber que não somos especiais ou gênios do novo século, pelo fato de não sofrer, de sofrer mais ou de competir sofrimento. A personalidade, o caráter e a autoestima são peças fundamentais para um coração mais saudável e uma vida mais rica de amor próprio, entretanto, o que estão dizendo por aí, o “ligue o foda-se e seja feliz”, pode não vestir tão bem quanto um Yves-Saint Laurent. E enquanto a alta costura não nos vestir, que a gente se vista de sentimentos que nos fazem crescer e ser íntegros, a aristocracia idealista de uma vida paradisíaca em terra, livre de problemas, lágrimas ou sofrimentos deve ser revogada e assinada pelos sentimentos justos, inteligentes, honestos e esclarecedores, de quaisquer estado de humor, desde que saiba que rir muito é um sério problema e afastamento da realidade, e que se chorar demais, pode estar desperdiçando momentos de oportunidades de seguir adiante e sorrir um pouquinho mais, mesmo que de início, seja no modo selfie, como uma espécie de treinamento.  



terça-feira, 28 de março de 2023

Os direitos de se obter respostas

 O que seria da América Latina sem um populismo adequado? Chamado de libertário e em devassidão integrado a uma dialética do assistencialismo social de que não se tem ideia de quando vai terminar, ou em que lugar vai parar. Quando se entra na Argentina, os peronistas e a senhora Cristina Peron deixam trabalhadores enrugados de tanta falta de anestesia para os olhos que não deixam de enxergar os abonos sociais até à maioridade dos argentinos. Dizem que o fantasma do comunismo assombra o Extremo Sul do Ocidente, mas na verdade, eu diria que o espírito capitalista se estatiza nos arredores do populismo.

Eu não diria que em vão, diria sim que Karl Marx alegou que o comunismo jamais chegaria à Rússia, ademais, ele desconhecia o potencial latino americano de jogar o vai e vem do marxista e de Adam Smith que toma da população mundial os direitos civis, e por outro lado, toma o direito à vida para diminuir impostos dos proprietários de resorts, de ilhas paradisíacas e mais ao Extremo Ocidente, das Cordilheiras aonde as nuvens andinas tocam os Andes.

Se em uma troca de palavras, o argentino, o chileno, o venezuelano e outros, vão falar em sobre o avassalador e empobrecido comunismo. Mesmo que queiram dizer, populismo, assistencialismo, peronismo ou dificuldade em se descolar das guerrilhas e dos carteis de cocaína que se estendem em toda a América, desde a Northlândia até à Patagônia.

Mas o que nos restou mesmo, foi um down town acobertado de grafites escondidos violentamente em pixações violentas, praças de primeiro mundo em cidades paranaenses cheinhas de desvalidos sem tetos, uns diriam zumbis, outros que são sacis, outros que não sabem ao menos lidar com a vadiagem do descaso e da violência excessivamente agressiva diante da questão da organização da classe do lupem pós-pandêmico.

Por ora, não podemos colocar aqui os refugiados políticos africanos, sírios, paquistanês, e vai saber também se uma ou outra família de curdos. Uma vez que o Curdomenistão ainda não existe no território global, eles possuem o direito inegável, mas talvez negado, de que permitam uma cidadania em um lugar de novos ares.

Saindo das questões do Sul do Extremo Ocidente, as novidades continuam rondando publicitários políticos no twitter e alvoroçando os temas do jusnaturalismo, dos direitos humanos, da Convenção de Genebra, dos tratados internacionais de paz e do cessar fogo através de pactos de atenuação dos ataques entre territórios em guerra, para que o atenuar possa proteger cidadãos de aliados e de atacantes.

Mas por uma lado, se não existe bem ou mal numa guerra e se os ataques políticos e territoriais afetam diretamente o direito da população de ir e vir, de trabalhar, de estudar, de se alimentar, de se aquecer, de ser amparado por hospitais públicos, qual seria a diferença entre uma guerra entre dois territórios e uma guerra entre Marx e Smith que sempre coloca civis à altura de cem mil metros de uma beira de abismo? Um sinal de que o que está velado, pode continuar oculto no véu negro da transparência, e lugares aonde se admite o caos, a violência, a imposição de disputas territoriais, etc., terão absolutamente um lugar para posts, twittadas, chamado de telejornal e duas páginas extensas, com poucas fotos, de uma matéria a qualquer dia da semana nas páginas de conflitos internacionais nos melhores e maiores jornais de que se tem conhecimento. Não mais alongando, e o comunismo, e o assistencialismo, o peronismo, o popunismo (o blend clássico do populismo escorregado e do comunismo quisto, mas não realizado).



 

domingo, 12 de março de 2023

Repouso em sustenido, pai Drácula, pai Mago, flor vermelha que sorri

Existia no mundo uma flor amarela, com dourado, cintilante e raios de sol. E seu coração era cor de rosa de tão suave que sussurrava sua voz quando dizia Eu te amo, Sophia! Não importa o que aconteça, você vai ficar bem, e quando crescer, não se esqueça, Divirta-se e sorria sempre. Seus dois pais eram bem diferentes, um imortal, pois se tratava de um drácula soturno das caladas das noites em quaisquer ruelas do planeta Terra. O outro, mago descendente de mago há três mil séculos. Os dois lutavam pela mesma causa, de modos diferentes. O drácula, era parte da Convenção Exotérica e Monstruosa Milenar Mundial, assim como o mago. Entretanto, o drácula lutava pela continuidade da imortalidade única dos vampiros, e mago, pela inserção da imortalidade dos bruxos, magos, elfos, keltics e fadas. Ambos haviam muitos compromissos e em demasia ocupados demais.

Então houve uma guerra contra a Convenção Exotérica e Monstruosa Milenar Mundial, pela parte dos soldados vestindo verde militar. O drácula e o mago tiveram que fugir às pressas, mas antes disso, a flor amarela, com dourado, cintilante e raios de sol, fez parte de uma congregação misteriosa com cores violetas, lilás e azul, no vácuo do universo, ao lado da lua nova – juntamente com os dois monstrinhos. Fada, ela era fada. E foi dada a luz à uma menina híbrida de pais vampiro e mago, juntamente com uma fada. Havia nascido uma linda garotinha híbrida de monstrinhos com olhos pretos que chegavam a brilhar um ar de azul Bic. Ela tinha uma alma toda azul, mas um dia, enquanto sua mãe e ela estavam passeando numa rua de paralelepípedos acinzentados de cor marrom do tempo e da sujeira, ela passou a ser chamada de flor negra. Pois havia se tornado de cor preta quase tintado. E jamais viu sua mamãe outra vez, pois fora naquele dia, que tomaram a flor amarela, de cor dourada, cintilante e com raios de sol nos punhos e nela jogaram sal do Himalaia tostado, misturado com pimenta mexicana envenenada em pó e cinzas do vulcão Vesúvio.

As fadas coloridas cintilantes, ao saber, levaram a menina azul para o pai mago. A Convenção Exotérica e Monstruosa Milenar Mundial, havia se tornado tão oculta, que o pai drácula havia se refugiado no meio das nuvens negras e sombrias do Triângulo das Bermudas. Enquanto o pai mago cuidava da filha híbrida, a mulher do pai mago, assumiu um lado matriarcal e havia sempre sido uma grande amiga, a fada vermelha com raios de sol. Mas sem sua fada mãe flor amarela dourada e cintilante, com coração cor de rosa, a menina híbrida se tornou uma flor escura, negra na imensidão de suas dores de quase órfã, na penúria das vertigens de um triciclo em velocidade rápida, numa estrada sinuosa. Sem espaço para mais dores a sentir, procurou a cada dia aumentar mais seu pedaço de alma para que coubessem outros sabores de dores diferentes. E não gostou de nenhuma, mal sentiu, tampouco as dores grandes, também não os desamores. E assim a flor obscura e negra foi crescendo.

Quando a flor cor de preto se tornou adulta, ela se sentiu atordoada, buscava janelas para escapar, mas quando a porta da casa era aberta, ela era sempre a última a sair, e mesmo assim, pedia para a mãe fada cor de vermelho para que sempre a deixasse voltar, para que jamais se sentisse sozinha nesse mundo novamente. E toda vez a flor obscura e negra chorava, a mãe de cor vermelha e raios de sol sorria e iluminava, o pai mago a escondia em sua capa de estrelas, e o pai drácula ia cada vez mais sentindo seu cheiro, o cheiro de uma flor negra com sangue brilhante da cor do reflexo de uma lua cheia num lago claro. Toda vez que ele vinha, todo mundo se afastava, e a flor cor de preto chorava, então a parte drácula da menina híbrida se assustava, e a voar velozmente saia em busca dos topos da Romênia. Então, ela se deitava e pedia ajuda aos anjos celestes. Certa noite, sonhou que a mãe fada flor amarela de coração cor de rosa a esperava numa ponte para irem a um parque de luzes douradas, de neblina dourada, verde, acinzentada e lilás. Sua mãe fada sorria muito, e ainda permanecia com os cabelos loiros na altura do ombro, pegou em sua mão e seguiram caminhando. Pelo caminho, sua mãe parou um instante, pegou uma flor azul do campo e mostrou à flor preta, Está vendo a pequena aranha dentro dessa flor do campo, princesa? É como nós, embora tenhamos segredos ocultos e sórdidos em nossa vida, diante da beleza da nossa essência, isso não é nada. Flor negra acordou, olhou em sua xícara de chá e notou que havia ali uma pequenina aranha do mato. Então tentou se olhar no espelho mas só enxergou uma variedade imensa de cores brilhantes que iluminavam uma cor nebulesca verde clara. Foi daí que sorriu, e sentiu que pela primeira vez no mundo, se havia alguém a cobrar o seu sorriso seria ela mesma, e que sua alma continuava ainda negra e obscura, mas a cor da sua flor agora refletia um branco cintilante de paz, cura e sentidos para a vida. 





quarta-feira, 1 de março de 2023

Estavam à toa em seus lugares

O que o publicitário político-digital estava a fazer, a forma como age, é como a de Putin, o herdeiro romanovisk. Ambos, eu disse: os dois lados...Assolaram economia mundial. O hardcore marqueteiro agrediu os direitos humanos da própria nação, dos seus habitantes que precisaram se refugiar, caminhar fronteiras pé por pé e suportar os pesos da guerra passando fome e frio. A guerra entre Rússia e Ucrânia chegou em muitas e muitas  regiões globais.

Nenhum governante quer passar por uma guerra, nenhum governo deveria aceitar uma guerra. A guerra quebra a economia, financia a morte e a violência de maneira oculta, os princípios passam a ser o ódio, os fundamentos vão além do diálogo, dos direitos civis, da democracia e da liberdade do povo de comer, beber, viver. E o caminhar não passa de busca por refúgios.

Dividir a guerra com o resto do mundo é demasiado arriscado, encontram-se inimigos e aliados com poder, este, capaz de provocar devassidões inefáveis.

O relógio está em torno sempre do tic-tac, os desejos da população civil mundial, trabalhadores, mulheres, idosos e crianças, sempre são a favor da paz, do reconhecimento humano, da assistência, da saúde, do trabalho, do livre ir e vir. Pessoas querem ser gentes, cruzar fronteiras sem restrição, não ser o outro na mão do outro, seja do aliado, do inimigo, do acolhedor de refúgio. Como citaria Habermas, o mal e o bem se confundem, a história humana é ambígua, as guerras se contrapõem e se confundem. Aquele que aceita o mal, não estaria conjuntamente atestando seu próprio mal? Aliás, o que são vidas de indivíduos perante a morte de um território fronteiriço? A maior razão de uma guerra é sobrepor a nebulosidade oculta e o clima sombrio e cinzento sobre os conceitos éticos e morais.

Quem estaria negando os direitos modernos? Sobre qual ordem jurídica? Seria importante encontrar a justificativa convincente e animadora, a guerra é um fracasso violento dos direitos da cidadania, ao corte da emancipação humana, da vedação aos direitos humanos, de mais custos mundiais (já que ninguém está quase quebrado com o sistema mundial Covid). de ajuda de entidades como Médicos sem Fronteiras ou a Cruz Vermelha. Mas caso não haja amor, deve-se ter a cruz.  

Quem na verdade silenciou a arbitrariedade e os anseios do direito universal? É preciso honestidade para entender e clareza ao  responder. Eis a ambiguidade das indagações.

 



 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Nada right o high publicitário digital

A transição de poder de um Estado dominante para outro é um evento histórico familiar no mundo, mas a difusão do poder é um processo recente. O problema para todos os Estados na era atual da informação é que mais coisas estão acontecendo fora do controle até mesmo dos Estados mais poderosos. À medida que as comunidades virtuais se desenvolvem na internet, elas atravessam as jurisdições territoriais e desenvolvem seus próprios padrões de governança.

Transformações cibernéticas extremas não são mais estranhas, uma nova revolução da informação mudou a natureza do poder e aumentou sua difusão. Os Estados ainda são os atores dominantes no palco mundial, mas o palco está bem mais povoado e difícil de controlar.

A era da informação tem conduzido a reduções enormes no custo de criar, processar, transmitir e buscar informações. Na década de 1990 havia cerca de 50 sites no mundo, em 2000, esse número já superava 5 milhões, atualmente existem mais de 1 bilhão de sites disponíveis. Em 2010, a China tinha mais de 400 milhões de usuários da internet e o Facebook atingiu no ano 1 bilhão e meio de usuários ativos e inativos. Atualmente, 2 bilhões de usuários no dia a dia acessam a rede social.

Em 1980, as chamadas telefônicas transmitidas por fio de cobre só conseguiam carregar 1 página de informação por cada minuto, atualmente, um cabo fino de fibra ótica consegue transmitir mais de 100 mil volumes em 1 segundo.

A quantidade de informações que pode ser transmitida para o mundo todo é virtualmente infinita, o resultado é uma explosão de informações. Na primeira década do século XXI, foram criados 900 bilhões de gigabytes de informações digitais, isso significa um número mais de 10 milhões de vezes as informações contidas em todos os livros já escritos até hoje.

A velocidade do tempo da internet significa que todos os governos tem menos controle sobre suas agendas. Entretanto, os líderes políticos e seus atores podem desfrutar de liberdade para emergir o que quiserem, contar como entendem o  projeto do palco social. Isso facilita publicitários políticos menos experientes para utilizarem o meio digital e midiático a favor de sua própria nação, não levando em consideração a própria nação, como os indivíduos, a fome, o frio, a devastação patrimonial, o assassinato de voluntários, jornalistas, jovens e crianças. Ao se gabar de seu poder de oratória virtual, o publicitário político não estica sua visão ao horizonte, e antes que ele possa reagir em contra-ataque, os acontecimentos podem sair do controle, assim, o conjunto social, urbano, agrícola, turístico, industrial, etc., se torna um abismo em devassidão.

 



terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Praça húngara

E é assim que nós aprendemos, através das negações, das ditaduras, das guerras, das diásporas. Não existe a realidade sozinha, mas apenas representações dela. Dessa maneira, os grupos dominantes, que buscam construir e universalizar suas visões de mundo, constroem essas representações discursivamente por meio do estabelecimento de identidades antagônicas, dizendo o “sim” ou “não”, de acordo com a beleza que julgam ser belas.

Nesse processo de construção de identidades, dos figurinos, do protótipo, é fundamental apontar que a linguagem é tanto social quanto política, configurando-se como um sistema inerente e dinâmico. A linguagem é social quando permite socialização dos indivíduos por meio de sua criação de termos e significados, é político porque é um lugar onde subjetividades e identidades particulares são produzidas e reproduzidas entre ideias e ideologias que se preponderam, enquanto outras são simultaneamente excluídas. A análise conjunta das esferas social e política no estudo da linguagem é fundamental uma vez que no nível individual - as crenças pessoais, mais do que perenes, instintivas e naturais, são textualizadas a partir de uma produção histórica de um código epistemológico profundamente envolvido com outras crenças, sendo elas familiares, grupais, antropológicas, culturais ou relacionadas a um passado mal interpretado.

Ao se pensar em identidades dentro de um processo dinâmico onde sujeitos e objetos são continuamente reafirmados, negociados e refeitos, é fundamental a compreensão do histórico, das crises, da cultura, do pensamento e da colonização de um Estado como dependente de uma constante afirmação de sua identidade, que ocorre por meio da demarcação de seu outro adversário, este outro adversário é construído linguisticamente como aquele que está além dos propósitos fundados, além das fronteiras que se possa enxergar ou valorizar. Portanto, a fronteiras são o mecanismo que permite e potencializa a demarcação do “dentro e fora”, “eu e outro”, “cidadão e estrangeiro”.

A soberania é um traço do pensamento político moderno, pois representa a evolução da organização política, nacional e internacional, a esfera do pensamento interno e externo, e assim cria condições para a existência das ideologias, do estranhamento, do preconceito, do racismo, da intolerância e da desproporção. Isso faz com que a sociedade se apresente como a defensora de um povo contra os diferentes “outros” que ela considera inadequado, diferente, incomum ou fora do seu padrão de vida.

A demarcação de fronteiras entre identidades diferentes, etnia, religião, grau de estudo, nacionalidade, modo de se vestir, maneiras de falar, tratamento pessoal, educação, permite a criação constante do “eu individual” em oposição ao “outro diferente”. Essas construções tendem a emergir em discursos de segurança que são tradicionalmente constituídos por meio de um indivíduo diante de uma ou mais ameaças, quando as identidades são radicalmente diferentes do “eu da manobra”.

Assim, a construção da diferença, a exclusão do diferente e a sua conversão à alteridade são fundamentais para a firmação do eu como legitimação própria da existência da identidade constante que já se formou. A delimitação do interno e do externo pelas fronteiras da consciência e do “eu” está relacionada a quase todas as difíceis questões do nosso tempo, distinção, discriminação, inclusões, exclusões, ódios, rancores, abusos, ilegitimidades, inconstâncias, dissimulações, preconceitos, propósitos, começos de alguma coisa, fins de outras, etc.




domingo, 19 de fevereiro de 2023

Siri à la cubana e baby shark


Era um dia de sol aparecendo, mar caribenho e gente agitada pelo calor. Cada um se identificava pelo ódio, pela inveja, pela língua preta e pela língua de trapo. Podia-se demonstrar o alargamento da ignorância numa velocidade de um Covid-19, XYKZ, e TXHF887234W. Encarando os protetores da lei e da ordem, não da justiça, digo apenas da lei e da ordem. Concentravam-se em grandes pacotes de televisão, ventilador, roupas e outras bugigangas, sacolões enormes de sacoleiros que pediam dinheiro ao departamento social, pediam mais do que os sem tetos e os hospitais públicos, postos de saúde e escolas. A supremacia da malandragem, maldade, do olho gordo e da fofoca transformavam ruas, novelas e músicas, em uma enorme língua de trapos que se estendia norte-sul, Nevada e Seul, Sibéria e Panamá, na rota aérea. Perto de um cais, estava um siri solitário que chorava a situação das ruas empedradas, do paralelepípedo, das músicas nostálgicas, acrescentando o abandono da natureza norte-americana, resultando numa única playlist que sobrevoou MEnhátan com visto livre. Chorando a não identificação com o mundo redondo, não percebeu enquanto chegava um pequeno baby shark balançando as nadadeiras e o rabicó. Encarou o siri que se assustou e se encolheu, tampando os olhos com suas patas de pinça. Baby shark disse, fique sossegado, siri chorão, não costumo me alimentar de tristeza. Isso é uma acomodação bem covarde, eu diria. O siri permaneceu paralisado, agora com os olhinhos à mostra. Quantos ressentimentos você tem, Oh siri! Eu diria que seria impossível me limitar à estática da problemática do meu ser. O porco fede e a galinha morre destroncada. Disse o siri.

Que pensamento estranho você tem da vida, siri! Respondeu baby shark. Ao acumular experiências de vida precisamos aprender a esquecer o passado e saber que os decorrentes vão e vêm, como o mar. É necessário distinguir nossos erros dos erros dos donos, afinal, os donos fazem pistas ligeirinhas pelas rodovias e voos afora, nós, os híbridos de horrores com escravidão e mão leve, temos churrasco, picanha, pizza, lanche, carnaval de rua, cheiramos a suor porque trocamos o desodorante pelo smartphone e enchemos os transportes públicos de gazes fétidos e verdes porque nós odiamos saladas, caminhadas e disciplina do bem-estar. Entre todos os bichos, o bicho cego sempre será considerado o mais leve, feliz, espontâneo e bem informado pelo jornal nacional. Nossas fantasias são imensuravelmente incontestáveis de prazerosas.

Disse o siri. Se observarmos esse jeito estático do conjunto da vida social, veremos que os componentes da sociedade e das relações sociais possuem um padrão tóxico. Isso não pode se manter. Os sorrisos geralmente não são um sinal de alegria, mas sim de desespero. O comportamento social é lento, mórbido, sórdido, masoquista e deixa o lado bom de se viver à disposição dos acenos das casas grandes. O avião, correio, televisão, rádio, o cinema, a imprensa, o cavalo e a carroça, vão sempre aonde mandam o dono ou o acordo.

Ora, repudiou baby shark. A repulsão é um sinal de doença da baixa autoestima. São emoções reprimidas, que de tão asquerosas se tornam indiferentes e vagas. Geralmente nos tornamos pequenos quando criticamos com angústia, achando que a única certeza é a crítica.

Eu não me agarro no azar, nas cotoveladas, no toque indelicado, na falta de preponderância, no pontapé, no empurrão ou no beijo da aranha.

Vamos! Deixe esse humor para lá, siri zangão. Não desperdice o ódio! Que tal um início de história?! Estou indo para Miami, dizem que as promoções por lá estão ótimas, vamos nos ocupar de contatos primários, games, smartphones, adida e nike...deixe o que é secundário para encontra-lo quando ele se tornar parte fundamental da nossa vida humana e inter-humana...


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A ditadura de anticristo se chama Revolução da Luz

Busquei a coragem do lado de fora do quadrado, que era a janela pequena do quarto azul e gelado, algumas mulheres, Escabosa, e uma órfã. A t...