quinta-feira, 26 de março de 2020

A leitura negativa é para ser positiva

Palavras são importantes na História, por enquanto o processo das coisas no tempo se desenvolve em um processo de transformação, a dualidade dos movimentos nos levam a escolher se direitos políticos e o sufrágio universal valeu a pena para quase o mundo todo, não existe universalismo num sufrágio. A historicidade, de forma imediata, amedronta a população, são tantos contos de terror que as possibilidades se tornam uma única, a de imposição e autoridade. Retornando às nossas vidas democráticas, distante de julgamentos, a Constituição remota pode se tornar uma desobediência civil. Às vezes, as escolhas são nossas, em outras, a liberdade de ir e vir é obrigatória, nossas associações de motim ou de exílio na própria casa não são opcionais. Nossos adversários maiores, por mais que se imagine que seja o Parlamento, ou decretos, a profundeza dos esgotos e dos lixos não possuem autonomia de se sumirem, como suprimir lixos descartáveis, lixo orgânico, de toiletes, farmácias, hospitais, restaurantes e casas. Inúmeras medidas são antidemocráticas, como não seriam? Os direitos são para todos, mas eles ficam para a maioria, e a minoria sempre é reservada. Não somos mais antigos, na Antiguidade a democracia era muito mais seletiva, ainda bem que hoje a gente escolhe se quer ser, o que quer ser, seja para o bem ou para o mau. Dualidade, quando não esteve presente?

terça-feira, 24 de março de 2020

Carta ao Bobbio

"A história humana é ambígua [...] Nela, o bem e mal se misturam, se contrapõem, se confundem. Mas quem ousaria negar que o mal sempre prevalece sobre o bem? A dor sobre a alegria? A infelicidade sobre a felicidade? A morte sobre a vida?" (BOBBIO, 1992)

"Sim, Bobbio. Você tem razão em algumas partes desta frase tão verdadeira. Pareceu-lhe dúbio eu lhe dizer ´razão em algumas partes´, sendo ´tão verdadeira´? É exatamente do que estamos falando, não, meu velho? Uma história cheia de ambiguidades. Ah, se você estivesse aqui hoje, te digo, sorte que não está mais entre a gente! Mesmo que eu tenha entristecido e lamentado sua morte. Viu, meu velho, encontramos mais uma ambiguidade em um pensamento meu, como seria sorte você estar morto, se eu mesma assumo que lamentei sua morte? Sabe, meu velho; o mundo hoje ficou tão diferente do qual estávamos habituados. Lembra-se de que algumas pessoas eram vistas como maiores do que os próprios problemas, ou de qualquer um! Que fosse nossas depressões naturais, a fome na África, ou a guerra civil da Síria. Bobbio, de repente a população mundial parou, estagnou-se. A Wall Street está vazia, sem pessoas nas ruas de Moscou, não há pronunciamentos suficientes para acalmar ninguém em nenhum Estado, foi mais forte do que todos nós, que estávamos andando, correndo, ou buzinando, xingando, sem notar que havia realmente algum sentimento no outro. Ah, isso você mesmo viu, meu velho! Mas desde sua morte as nossas rotinas se tornaram mais opressivas. Sei que você vai me olhar e dizer, ´Sim, era extremamente explícito o caminho que estávamos tomando´, e vai balançar a cabeça, num tom de preocupação, ao mesmo tempo num sinal positivo, e vai me dizer, `Ah, Natita, minha querida aprendiz, você bem entendia toda aquela vibração tão silenciosa, abstrata, pesada e uma luz negra que não se referia ao ocultismo, mas sim sobre a prevalência dos quadros limítrofes que sempre tivemos, sobre a falta de inclusão social, a falta de reconhecimento das diferenças, a intolerância, o racismo.´... "O financiamento do pluralismo foi tão metódico que batemos de frente com nossas próprias barreiras, não, meu velho! Certamente deveríamos saber que o nosso limite jamais foi o céu, e sim o próprio pensamento. Acabamos criando tantas coisas fantasiosas que hoje, estão se tornando para mim, lisérgicos de um capital simbólico inapropriado e vulgar. Tentaram nos escravizar e, quando acordamos de um pesadelo social, nossas vidas se entravam em pane, causando verdadeiro pânico em todos nós. Meu velho Bobbio, a partir dessa realidade de um vírus avassalador, que se espalha e se muta em covid-19, depois em sars-cov-2, na qual sempre soubemos que os governos não respeitavam o comprometimento da transparência pública, e agora mais do que nunca, precisaremos todos das verbas de emergência para nos reconstruir. Bobbio, meu querido e velho companheiro, uma crise humanitária que tirou o foco do dinheiro, ah, o deus do dinheiro, sabe, o foco dos brilhos, brilhantinas e glamour. De qualquer maneira, covid-19 ou sars-cov-2, etc., fez com que conseguíssemos olhar uns para os outros. Você teria imaginado isso na sua tão intensa e luminosa vida, repleta de experiências e bebedouros de leitura factuais? Sim, sei que deve ter tido seus momentos de crise do tipo, ah, vou escrever sobre uma possibilidade e tal...mas voltou-se imediatamente para os fatos da época. Como serão as Convenções e os Tratados agora? O mundo se torna multipolar, meu velho Bobbio!" ... Então, olho para o branco do meu computador, para o Tanakh, para o B´rit Hadashah, para as Colinas de Joposflei que ainda quero ler, reparo que há um livro de Albert Camus ao lado, meus Bobbios, uma Europa Hipnotizada. Então reparo que, você ficou presente em todas minhas vibrações esses anos todos, fossem elas boas ou ruins. Será que conseguiremos construir alegria através desse pânico entre as boas almas sóbrias? "Que mal irá vencer sobre a gente, Bobbio? Se a morte hoje é nossa maior certeza e também maior tristeza, não deveríamos ver um pouco de esperança? Já não se aprendeu a não se jogar mais dos arranhas-céus por um "crash" de 1929? Já não choramos demais irmãos mortos nas nossas guerras? Se o que me resta no final de um dia de trabalho é meu isolamento no quarto, não seria melhor eu resgatar a minha própria humildade humana, já que eu também sou ambígua. Bem vista e mal vista, chata ou tolerável, querida ou não, cheia de mau humor ou de doces risadas? Quem dirá se o que chegou, chegou hoje, ontem ou anteontem? Procuro suas respostas, Bobbio! Enquanto você me olha e diz, `Essa é a sua Modernidade Líquida, minha cara, eu já sou uma Insustentável Leveza do Ser...`

sábado, 21 de março de 2020

Estudantes mestiços representando o neo nazismo no BR... Ó p'raí, ó!

Vamos começar esse textinho com uma expressão bahiana, né, gente! Pô favô, Ó p'raí, ó! Olha pra isso, caramba! Há algumas semanas, foi retirado de circulação virtual, um vídeo de alunos em uma reunião estudantil, com poucas pessoas, ou melhor, adolescentes, com pronunciamentos nazistas, hinos e, inclusive, saudações a Hitler, Heil Hitler (Salve Hitler). Todos os estudantes presentes na sala, eram, claramente visível, de origem africana, porém, com grande miscigenação, pois não eram negros, seus cabelos eram castanho escuro, em sua maioria encaracolados, e não transmitiam sinais de conhecimento causado por investigações ou ciências que poderiam comprovar que suas atitudes poderiam ter legitimidade através de algum germe de tradição. O comportamento daquela sala se mostrava demasiadamente ametódico, ou seja, sem propósito metodológico que fosse através de um acompanhamento histórico ou cultural, e, ainda bem, não havia sinais de ser um senso comum que pudesse ter sido transmitido por algo familiar. Estudantes adolescentes devem ser preparados para serem cidadãos do mundo, homens e mulheres com atitude de adulto, com senso de liberdade, mesmo que esta signifique abstenção de uma defesa própria. Se não fosse pela liberdade comum, qual seria o sentido do pacto social entre o homem e a natureza, criando assim o sistema estatal, conhecido também pela história da ciência política, como uma criatura feita de matéria, palavra e poder, que através do pacto entre os homens, transformou-se em um governo soberano. A guerra de todos contra todos, na qual Thomas Hobbes classifica-nos como ___ "homo homini lupus" ___ "o homem é o lobo do próprio homem". Dessa forma, compreendemos que não adianta tentar voltar ao estado de natureza, é natural evoluirmos, sempre foi assim, não se sabe até que ponto chegaremos a evoluir gradualmente, mas ainda há evoluções. Sendo assim, os estudantes em referência não possuem nem senso comum, nem conhecimento vindo de tradições, nem dogmas teológicos, nem fé religiosa e nem investigação científica. De acordo com a OMS, os Decretos Federais, Estaduais e Municipais destas útlimas semanas, eu vejo que, metaforicamente, mãos unidas são fundamentais, e que se observam nesses estudantes, um tato insensível aos fatos, aos campos das ideias verdadeiras e da ciência. Por sorte, o direito a estudar é para todos, embora muita gente ainda fique de fora, e precisamos cada vez mais de seres humanos dentro de um ambiente de coletividade. Que os direitos aos estudos evoluam, expandam-se, cada vez mais, tornando-se um bem de valor, de estima e de zelo. Não o zelo da propriedade em causa própria, mas o zelo da dignidade, dos costumes e do valor do outro. 
#ficaemcasa #stayhome 

quinta-feira, 5 de março de 2020

A carta do Taleban à Malala, e a que Naomi Seibt não recebeu do Greenpeace

Em 2014, Malala Yousafzai, paquistanesa de 17 anos foi a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz da história em 112 anos. Ela foi baleada na cabeça por membros do Taleban por defender a educação escolar das mulheres do país. Junto com ela, o prêmio Nobel também foi para Kailash Satyarthi, ambos lutam pelos direitos fundamentais dos jovens e crianças. Thorbjoern Jagland, presidente do Comitê do Nobel disse na época, "As crianças devem frequentar a escola e não ser exploradas financeiramente.". Naomi Seibt, jovem alemã de 19 anos, mostra ao mundo oratória eloquente e muita educação, ela tem discursado ao redor do mundo que a mudança climática é algo natural. Por alguns anos, foi alarmista ambiental , mas diz que depois de algumas pesquisas sobre cientistas céticos, obteve "a própria e sólida visão do mundo" e apoia o capitalismo e o livre mercado. James Taylor descreve a jovem como uma "grande mensageira da liberdade humana no mundo". Taylor, durante a Conferência de Madri sobre Mudanças Climáticas, aceitou dinheiro de jornalistas disfarçados para elaborar um plano de combate as ações contra mudanças climáticas, disse que o fez por essa ser a simples verdade: o mundo não precisa de ativistas ambientas. Naomi afirma que o clima está mudando sempre, há milhões e bilhões de anos e lamenta que apenas um lado da questão esteja sendo mostrado. Aos leitores, nós sabemos que desejamos um mundo de compromisso ético, respeito a todos e ciência para o bem do mundo, eu digo, vamos esperar, pois Naomi também diz que a ciência não deve parar. Malala quando recebeu auxílio britânico foi odiada pelos conterrâneos de seu vilarejo, que disseram, ela ser oportunista e que havia abandonado o seu povo, mas Malala foi jurada de morte se entrasse no território, e este era um ponto que eles não enxergavam. Vejo as ofensas à Naomi com uma possível chance de um dia, ela vencer objetivamente, através da ética e da sua eloquência, alguns mitos que se ouve dia e noite. Realmente, a Pangaea existiu enquanto não havia sinal de fumaça, de chaminé ou indústrias, e a evolução terrestre continuou até chegar aqui. Não é porque //se comprova cientificamente que sempre houve aquecimento global//-⬇️⏸⏯ #unpolite , não houve aquecimento global desde o início de separação dos continentes, entre outras catástrofes naturais, que se deve jogar depósitos de lixo nos oceanos ou queimar a Amazônia a deus dará. Nós precisamos de todas as verdades possíveis, e uma delas é descobrir realmente porque o Greenpeace é tão verde e politicamente correto, mas no fundo paga mal e explora muitos de seus funcionários que ficam na linha de produção. 
P.s. Aos meus leitores, deixo um já bom fim de semana e obrigada por se interessarem de forma tão "eloquente" (já que é uma palavra que gostei de usar hoje e que combina muito com vocês). Brasileiros, brasilianos, potiguás, americanos, povo de São Francisco, Grande Seattle, alemães, israelenses, jordânios e pontos não identificados no mapa, obrigada!  

domingo, 1 de março de 2020

Simbolismo, fascismo e capital econômico brasileiros

Sob a óptica de Bourdieu, em "Razões Práticas", é ato de respeito preservar e dar valor ao etnocentrismo, se ele é considerado uma realidade histórica e faz parte de uma população presente em sua própria história etnograficamente, e quando a própria população lutou por aquele território e sabe dar o valor a este. A particularidade dos signos e dos símbolos sociais, políticos e econômicos de uma sociedade não são substituídos por modelos universais e robotizados, pois cada corpo social distribuído entre fronteiras possui uma natureza singular, que foi conquistada durante séculos pelos seus cidadãos. Com a ideia do senso comum de julgar, comparar e equiparar indivíduos segundo sua origem etnológica, cria-se um pensamento distorcido: O que era para ser considerado diferente e particular passa a ser encarado como motivo de comparação entre a melhor "essência biológica". Eu só devo dizer: Sinto muito pela criação de não paz, pela cultura do roubo, pela não particularidade do cidadão brasileiro, pelo antissemitismo que insiste em saltar aos olhos de pessoas miseráveis. O brasileiro não reconhece um genocídio, as mulheres não se impõem para proteger elas mesmas dos abusos sistêmicos, não existe interesse em diálogos, em reconhecer o outro. Não existe sabedoria para se tornar um ser humano, nem para se reconhecer como um brasileiro, latino, de origem mista que se instalou no Extremo Sul Ocidente. Portanto, o Brasil não passa de um peso leve nos tratados da ONU, ou no presente momento histórico. Seus símbolos sociais não passam de invenções fantasiosas e por muitas vezes, fantasmagóricas. Se existem pessoas que não entendem como o Brasil pode ser formado por uma população fascista, então não entendem o que é de fato o fascismo. Sem características saudáveis da cultura e do povo do território brasileiro, o capital econômico que chega aqui também não passa de aterro sanitário, é apenas o que resta que nos chega e que nos resta. 

A ditadura de anticristo se chama Revolução da Luz

Busquei a coragem do lado de fora do quadrado, que era a janela pequena do quarto azul e gelado, algumas mulheres, Escabosa, e uma órfã. A t...