terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Os cinco "zeros" à direita





Enquanto olhava o céu cinza e pesado, pensava jamais desejar estar naquele tempo de novo.  Aquele tempo era o ontem, literalmente o ontem, o último dia de calor de 40 graus na sombra. A dureza da terra seca a fazia pensar em Raquel de Queiroz e na Baleia, a cachorra Baleia. Pobre Raquel de Queiroz que deve ter sofrido de gota a gota a seca no sertão nordestino. A notar a criatividade tão irônica de dar o nome de Baleia para uma cachorrinha magra em ripa, com costelas quase rasgando o couro franzino. Alguém aí já parou para pensar na tristeza de não poder contar com a terra do seu território para seu próprio sustento? Qual foi sua última refeição? A minha foi suco de laranja, torradas e geleia de cereja. Antes disso eu havia comido batatas, cenoura, mais um empanado de frango.

E eu poderia com todo orgulho, listar os variados alimentos que tenho na praticidade de casa. Sei que minha vizinha ontem fez pães, porque eu senti o cheiro dos pãezinhos caseiros que são só dela. Às vezes, quando eu acordo às quatro, cinco da manhã, eu sinto cheiro de comida no fogão, um cheiro com peculiaridades do almoço, como bifes bovinos fritos, arroz, algo assim. O cheiro vem do fundo de casa, então sei que existem trabalhadores na redondeza, que cozinham sua própria refeição de manhã para a hora do almoço. Afora os pães, meu vizinho que se chama Natal, sempre nos traz de presente (do Natal :D) uns bons pratos de comida que deixaria qualquer um com água na boca. E tenho também uma vizinha que faz pães de mel, e hora ou outra ela nos manda dezenas de pães de mel alternados em doce de leite ou coco como recheios. Eu também sou uma boa vizinha porque costumo mandar uma vez por ano, bolo para a minha vizinha de longas décadas, mando um pedaço de bolo nos meus aniversários.

Entende aonde quero chegar? De Raquel de Queiroz passei a falar de mim e de um longo cardápio só na vizinhança de casa. Devo lembrar que minha fome de comida não existe. Todos comem por aqui.

Mas não é porque eu como, que não quero crescer intelectualmente e financeiramente. Não é porque eu como, que não preciso de dinheiro. Não é porque eu como, que não tenho outras fomes.

Então, àqueles que gostam de mim e do meu blog, ou só de mim, ou só do blog, eu tenho fomes, viu...E sou gulosa! A gula no caso não é considerada aqui, um dos sete pecados capitais, a gula foi instaurada no processo social justificando todos nossos desejos, ou qualquer necessidade que surgir, desde mais um perfume da L´occitane, Capim-limão, ou uma consulta médica dermatologista. Desde uma consulta com médico oftalmologista, ao novo óculos. Desde à assinatura do Kindle unlimited até a um jantar no Outback ou um café da manhã no The Yellow Deli.

Note você, caro leitor rico e milionário, caros amigos inteligentes, the smart team...meus queridos amigos e leitores, meus confidentes do meu íntimo...Não é fácil conquistar o povo que eu conquistei aqui nesse canto nosso de cada mundo. Aqui é um lugar em que eu finalmente, consegui ser livre para escrever. Diferente de tudo o que já tinha experimentado, essa página se tornou uma conquista de passo a passo de uma formiguinha. E eu nunca menti em relação a quem eu sou e sempre deixei esclarecido que a democracia das palavras e do bom senso sempre devem permanecer.

Eu não minto nada, portanto, eu posso acreditar nos meus leitores sempre, pois cada um de vocês já conhecem até mesmo minhas falhas de gramática, às vezes alguns erros de digitação que eu deixo depois até propositalmente, para dar a mesma sensação que eu tenho, o de escrever corrido, catando milhos no teclado como um dinossauro faminto.

Daqui a dezenove dias vence meu contrato de domínio, agora eu tenho que gastar com mais um ano de domínio de site. Como se não bastasse, o domínio “ai” (Artificial Intelligence) vai ser o top five das paradas...até não sobrar domínio de blog para mim...porque o domínio “ai” custa mais que as unhas roídas! Sério, caríssimo. E de onde vai sair meu pagamento? O domínio “ai” custa uns 500 contos de reais, tenho 300 de médico esse mês, comprei um fone de ouvido da Xaomi, dois cremes de Andiroba (150), da Natura, pacotinhos de Trevo de tabaco lavado (50), e deixei 150 reais na última ida à farmácia. Comprei a agenda de 2024 pela internet, agora preciso comprar canetas novas e para eu ir à papelaria, uma vez por ano já é muito com o tanto de coisas que trago para casa. Tem o plano mensal do celular que é 150 contos de reais. E se fizer as contas, caro leitor, que de pouco em pouco eu ultrapasso o limite de 1500 contos de reais em pouquíssimos dias. Eu realmente preciso sim de repasses, de bônus, de mesadas, de doações. Não porque eu passo fome ou porque estou morrendo de necessidades. Mas eu gosto de ter mais coisas, e vocês? Busquem a verdade no coração, olhem pra mim, uma sul americana de origem judaica que caiu no planeta Terra por acaso e está tentando viver e conviver com sentimentos que ela simplesmente tem e percebe que outros também os têm. Escrever aqui no blog e ficar vendo a audiência do site subindo no hanking de uns países, descendo de outros...é encantador! Para melhorar ainda mais, por favor, continuem me ajudando!

Brasil não é fácil, minha gente! Brasil não é para armadores nem para estagiários...Brasil é para os brutos.

Hoje mesmo, ocorreu-me que fui ao posto de saúde levar meu hemograma completo, etc...tenho consulta de rotina a cada semestre. Só que a médica do posto de saúde da Vila Fabiano sequer olhou o relatório médico de todo 2023, ou seja, ela não sabia de nada de mim, e ia me tratar como vítima de dengue...Fiquei em choque! Há um ano meu hemograma está alterado, leucócitos, hemácias, glóbulos brancos, enfim, estão todos querendo sair da linha há um tempo. E eu disse que queria passar na dermatologia. Essa médica nova, do posto de saúde, me disse para esperar mais um pouco, e que se não melhorasse era para eu voltar a me consultar com ela e só então me passaria para a dermatologista. Oi? Tá tudo bem, doutora?

Se acaso tiveram dúvidas sobre me fazer doações, não tenham mais! É um trabalho, como escrever um livro, como ter um jornal, a diferença é que escrevo, termino de escrever e cinco minutos depois todo mundo já tá “on”. E minha maior felicidade do mundo hoje, será quando eu conseguir construir meu chalé de madeira num terreno alto. Eu precisarei de 150 mil, que ainda não tenho, mas sonho em ter com vocês um dia!

Só pra finalizar, sei que têm muitas pessoas muy milionárias aqui, olha isso, só não chore de susto (e cuidado com pesadelos): 1500 royal de salary. 150000000 royal para a casa. Uma diferença de cinco zeros, ou vocês me ajudam, ou um dia escutam meu pobre choro de infelicidade...bem daí de suas janelas, das casas e dos escritórios de vocês! Já pensou eu berrando no ouvido de um príncipe persa...ou de um escritor na Suécia...não deixem de doar! Livrem-se do terror de uma latina americana como eu que choro de fome de um chalé de madeira encantado...Raquel de Queiroz queria realmente que a Baleia fosse uma baleia, um animal forte e cheio de gordura...tantas as tristezas, que dar o nome de baleia faz respirar um pouco mais fundo, com um pouco mais de soltura...jamais passei por isso, mesmo assim, há fomes, e minha fome hoje é de cinco zeros...


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