quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

As cidades das florestas




As cidades das florestas

O assassinato da modernidade, da tecnologia, do empoderamento feminino, do esforço e da competência...Era uma vez uma aldeia e a floresta em volta dela. Era só a floresta, depois foi só aldeia. Então, ao invés dos aldeões saírem para as florestas como aldeões, quiseram ser os zangões e se entornaram no território da aldeia, de suas poeiras imundas, repletas de objetos e alimentos saqueados de viajantes que passavam por ali. Era no novo preto junto com a infeliz audácia das burcas pretas. Sorte a floresta não ser na África, sorte ali não haver clitóris à venda para o novo sadam povoando a mente fria como lâmina de espada...povoando a mente assassina e brutal de maneira tão k-pop, que a história se distorceu, o cruel foi além das expectativas.

Como se o valor supremo da paz, da diplomacia conquistada, do jusnaturalismo, dos Estados, das sociedades, do meio social e dos grupos sociais, fosse em vão. A identidade, a pureza, a permanência, a historicidade, a divindade...tudo o que englobava e enlaçava o povo semita, árabes e judeus, tudo correu num rio sujo, de lama e sangue. O fundamentalismo leva à incondicionalidade no sentido de determinar o fechamento absoluto dos portões que deixam livre, o seu recíproco povo, para que caminhe na floresta e a conheça nas suas afrontas, desde seu escurecer ao entrar, até à clareira em direção à saída.

Esse é o efeito da realidade humana quando a própria história estampa na cara do mundo, a ausência de suprimentos empíricos nas lutas do Hamas. Dos atos, gostaria que se considerasse o que é o valor para o diretório Hamas. O que é o valor?

Faça essa pergunta sem imaginar nas vidas que começaram a tirar quando atravessaram as trincheiras. Essa realidade teve algum valor? Qual foi o valor humano colocado no genocídio de Israel pelo Hamas? Inversamente, ninguém dá aquilo que não tem. Nós damos o que temos.

Antes eram saqueadores. Agora são palestinos que vivem num acercamento feito pelos próprios grupos terroristas, esses mesmos, que de saqueadores se transformaram em tatus. Os tatus do final dos tempos! Até aonde, vocês, tatus incrivelmente criativos, até aonde vocês enfiaram a toupeira? Pelo som do vazio que sinto daqui do extremo sul do Ocidente, os tatus foram longe e muito longe com suas toupeiras de cavar. Os países dos Emirados Árabes Unidos estão amordaçados, eu diria que tentam dizer o seguinte: “meu nome é raiva, e meu sobrenome é ranço! Agora, sai de baixo de mim!” É...nada é tão simples quanto parece ser.

Corre-se o risco de ignorar totalmente sua irrealidade e jamais ter que admitir que ali, estavam todos querendo pendurar as chuteiras no campo e dividir um bom pedaço de kafika.

O valor de uma torta de damasco com castanhas e alecrim fresco é insignificante diante do parecer do mundo.

Enquanto a singularidade do bem feitor, em nome da igualdade e da democracia, estiver  generalizada como o nobre pensante que tudo revoluciona, a maneira como se vive atualmente, o dito “não sou obrigada a nada”...me revela, não seres humanos, mas samambaias. São samambaias que se contorcem derretendo em direção à umidade e ao solo, incontestavelmente preguiçosa, deliciando-se no vagaroso balanço de suas folhagens.

Enquanto o fundamentalismo for maior do que a vontade de viver, enquanto a natureza humana não sofrer uma mutação ou mais uma outra seleção das espécies ou um iceberg batendo de frente com seu nariz, enquanto nada muda, naissi pipól, continuaremos a nossa transcendência ao novo que está vindo aí.

Convido quem não se livrou ainda de sua aldeia mental, que o faça agora! Pratique yoga, leia bons livros, ouça todos os tipos de música que goste!

Aliás, essa música na voz dela, tá muito bonita, né, gente!

“:~O

 

ps. O tema de hoje faz uma leve referência ao livro do escritor israelense Amos Oz, em "De repente nas profundezas do bosque" (R.I.P -infelizmente)



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