Um dragão no mundo
Era uma vez, um Dragão vermelho-ladrilho e uma comunidade global,
alguns pequenos dragões coloridos e pássaros de todas as cores, em especial
tucanos verde-amarelo. Dragão vermelho-ladrilho era de cultura antiga,
tradicional, cheia de forças e luta de sobrevivência, igual da cor dos
ladrilhos vermelhos e antigos que estendiam tapetes em varandas. Ele agia tão
sabiamente que nem mesmo a dúvida reluzia em quem o visse, e como nuvens de
seda ao redor do mundo, colocava nas mãos do povo, o poder de escolha, compra e
tecnologia. O Dragão habitava a essência do interior do Globo e vivia
arrebatadoramente em meio a holofotes externos de seus focos, estradas e rotas
afora. Quando subia as escadas para chegar ao topo da Cordilheira, vinha
vestido de lembranças ocultas dadas à China no vapor do ópio. Mas no segundo
milênio do sul do ocidente, os túneis fomentados à tecnologia e velocidade
pareciam lapsos de raios em neon, azuis, violetas e rosas pela eternidade do
encontro diplomático entre os tapetes de negócios Brasil-China, Ásia Central e
Sul asiático.
Ao tentar
ouvir o barulho dos carros em trânsito, só se ouviam ondas cintilantes da
rapidez dos metrôs, ônibus e trens. Havia de sentir nas narinas o suave perfume
dos antioxidantes de uma cidadania saudável ao horizonte. Estendeu-se um pouco
mais ao Oeste e dessa maneira, o Dragão assoprou demasiada ventania educacional
e preparatória, as comunidades do Dragão vermelho-ladrilho pertenciam à
humanidade e seus habitantes se tornavam, com o contar dos dias, cada vez mais
humanizados.
Ao observar com os olhos amarelos de sol, o Dragão suplicou por sossego,
um pouco mais, encheu seus pulmões de ar, de oxigênio e de lá do miolo, soltou
sua respiração, esbaforindo suor de trabalho, democracia, igualdade, magia do
consumo, inteligência, a boa estirpe da educação escolar, familiar,
horizontalidade às desmedidas e um romântico elixir da longa modernidade
estendida no caminhar que flutua assertivamente ao futuro, de mãos dadas aos
dragões de todas as cores que habitam o Planeta.
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