"A história humana é ambígua [...]
Nela, o bem e mal se misturam, se contrapõem, se confundem. Mas quem ousaria
negar que o mal sempre prevalece sobre o bem? A dor sobre a alegria? A
infelicidade sobre a felicidade? A morte sobre a vida?" (BOBBIO, 1992)
Sim.
Você tem razão em algumas partes desta
frase tão verdadeira.
Dúbio eu lhe dizer “razão em algumas
partes”, sendo “tão verdadeira”?
É exatamente do que estamos falando?
Uma história cheia de ambiguidades.
Ah, se estivesse aqui hoje, te digo,
sorte que não está mais entre a gente! Mesmo que eu tenha entristecido e
lamentado sua morte.
Viu, encontramos mais uma ambiguidade
no pensamento, como seria sorte você estar morto, se eu mesma assumo que
lamentei sua morte?
Mas desde sua morte as nossas rotinas
se tornaram mais opressivas. Sei que você vai olhar e dizer, ‘Sim, o caminho
que estávamos tomando, de fato chegou!’, e vai balançar a cabeça, num tom de
preocupação.
É simples que o financiamento do pluralismo
foi tão metódico que batemos de frente com nossas próprias barreiras!
Certamente deveríamos saber que o nosso limite jamais foi o céu, mas sim, o
próprio pensamento.
Acabamos criando tantas ideias
fantasiosas, que hoje estão se tornando drogas farmacêuticas de um capital
simbólico inapropriado e vulgar.
Tentam 24h[u1] /dia nos escravizar, e, quando acordamos de um
pesadelo social, nossas vidas se entram mais uma vez em pane, causando terror
em todos nós.
Uma crise humanitária atrás da outra,
tirando o foco do dinheiro dos outros, ah, o deus do dinheiro, sabe, o foco dos
brilhos, brilhantinas, comida e glamour.
De qualquer maneira, covid-19 ou
sars-cov-2, etc., fez com que conseguíssemos olhar uns para os outros por um
grande tempo, nós ainda temos ternura e compaixão.
Ademais, ainda somos mais uma Europa
hipnotizada.
Sobre as almas das guerras dos últimos
anos, há três, V. Zelensky, que infelizmente, na intenção de resguardar a
Crimeia, tornou atualmente a entrada dos países na OTAN, um objetivo
determinado a ser alcançado.
Será que conseguiremos construir
alegria através desses panes e pânicos entre as almas?
Afinal, que mal irá vencer?
Se a morte hoje é nossa maior certeza e
também maior tristeza, não deveríamos ver um pouco de esperança?
Já não se aprendeu a não se jogar mais
dos arranha-céu por um "crash" de 1929?
Já não choramos demais irmãos mortos
nas nossas guerras?
Se o que resta no final de um dia de
trabalho é um demasiado isolamento no quarto, não seria melhor que se resgatassem
a própria humanidade?
Quem dirá se o que chegou, chegou hoje,
ontem ou anteontem?
A história dos livros, as histórias da
História sempre são mal vistas.
Procuro respostas, Bobbio! Percebo que
Bobbio agora ficou como uma Etérea Leveza do Ser...
E me calo com a Modernidade Líquida de
Baumann
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