sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Estive pensando em Bobbio (reeditado)

 


"A história humana é ambígua [...] Nela, o bem e mal se misturam, se contrapõem, se confundem. Mas quem ousaria negar que o mal sempre prevalece sobre o bem? A dor sobre a alegria? A infelicidade sobre a felicidade? A morte sobre a vida?" (BOBBIO, 1992)

 

Sim.

Você tem razão em algumas partes desta frase tão verdadeira.

Dúbio eu lhe dizer “razão em algumas partes”, sendo “tão verdadeira”?

 

É exatamente do que estamos falando?

Uma história cheia de ambiguidades.

 

Ah, se estivesse aqui hoje, te digo, sorte que não está mais entre a gente! Mesmo que eu tenha entristecido e lamentado sua morte.

Viu, encontramos mais uma ambiguidade no pensamento, como seria sorte você estar morto, se eu mesma assumo que lamentei sua morte?

 

Mas desde sua morte as nossas rotinas se tornaram mais opressivas. Sei que você vai olhar e dizer, ‘Sim, o caminho que estávamos tomando, de fato chegou!’, e vai balançar a cabeça, num tom de preocupação.

É simples que o financiamento do pluralismo foi tão metódico que batemos de frente com nossas próprias barreiras! Certamente deveríamos saber que o nosso limite jamais foi o céu, mas sim, o próprio pensamento.

Acabamos criando tantas ideias fantasiosas, que hoje estão se tornando drogas farmacêuticas de um capital simbólico inapropriado e vulgar.

Tentam 24h[u1] /dia nos escravizar, e, quando acordamos de um pesadelo social, nossas vidas se entram mais uma vez em pane, causando terror em todos nós.

Uma crise humanitária atrás da outra, tirando o foco do dinheiro dos outros, ah, o deus do dinheiro, sabe, o foco dos brilhos, brilhantinas, comida e glamour.

 

De qualquer maneira, covid-19 ou sars-cov-2, etc., fez com que conseguíssemos olhar uns para os outros por um grande tempo, nós ainda temos ternura e compaixão.

Ademais, ainda somos mais uma Europa hipnotizada.

 

Sobre as almas das guerras dos últimos anos, há três, V. Zelensky, que infelizmente, na intenção de resguardar a Crimeia, tornou atualmente a entrada dos países na OTAN, um objetivo determinado a ser alcançado.

Será que conseguiremos construir alegria através desses panes e pânicos entre as almas?

Afinal, que mal irá vencer?

Se a morte hoje é nossa maior certeza e também maior tristeza, não deveríamos ver um pouco de esperança?

Já não se aprendeu a não se jogar mais dos arranha-céu por um "crash" de 1929?

Já não choramos demais irmãos mortos nas nossas guerras?

Se o que resta no final de um dia de trabalho é um demasiado isolamento no quarto, não seria melhor que se resgatassem a própria humanidade?

Quem dirá se o que chegou, chegou hoje, ontem ou anteontem?

A história dos livros, as histórias da História sempre são mal vistas.

Procuro respostas, Bobbio! Percebo que Bobbio agora ficou como uma Etérea Leveza do Ser...

E me calo com a Modernidade Líquida de Baumann

 


p.s.postei um link do ytube de Mireille Matiheu cantando o hino nacional da França. Apesar de Bobbio ser da Itália, eu não falo italiano. Assim, podemos dar vozes à democracia, pensando em outras culturas, outras nações, outros idiomas. E eu gostaria de saber muitos hinos, pena que não sei.



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