quinta-feira, 23 de abril de 2020

O marujista, o dinossauro e as deusas de Avalon

Sua armadura era de alma, envolvida em sonhos negros, de estalos alaranjados, cor de rosa e azul. Antes do verde cor de grama e árvores na passagem, uma abertura de uma corrida, seria essa cheia de felicidade. O deus da guerra e da força bruta a pediu silêncio, Hércules era o triplo de seu tamanho. Não vou dizer o seu nome, e assim, caiu em esquecimento do verdadeiro nome de Hércules. Afinal, segredos sempre são esquecidos para jamais serem lembrados. Hércules era como seu ”dhrobeendaall, afinal, era um marujista e escolhia seu mosto, quente como a garganta. Não tinha cor no rosto, não se sabia quem era, e ele também não tinha piedade. Deu seu sorriso de maldade invencível e não vestia roupas compridas mesmo no frio. De calça curta azul marinho, camiseta amarela cor de mostarda e um dinossauro que chorava um pranto numa bola de estampa. O marujista olhou para os marujos, apontou o verde dinossauro e disse: “Caminhem rápido enquanto carregam as caixas. Vamos em busca de outro abrigo em terra firme. La  merde!” Gritou cuspindo no chão encardido. Esbravejou, em duas, três, quatro, cinco, seis doses de Stenhaeger com conhaque, entrou em partida e farejou o navio escuro. Enquanto cuspia com nojo e raiva o fumo mascado cheirando à cavalos, serviu-se de sopa. A miséria jamais seria a falta de comida, no entanto, um sebo de veludo e o ar não não se abstiveram de uma pior dignidade. Passou pelas deusas de Avalon e lhes cortou as cabeças. “Já me deram muito trabalho, mulheres frias da nudez, selvagerias e mágicas. Fácil demais buscar a natureza e o deus através de suas ervas, escavem seus terrenos e morram de uma vez, falsas bruxas!” Apesar de amar as deusas do terceiro olho. Mais uma vez, o marujista conseguiu, sem piedade. Não havia fim, tudo era um mistério. Encostou-se no chão sujo e úmido do navio, Leon Tolstoi era o melhor documentário daquela noite fria de cobertores de algodão. 

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