Minha mãe e eu passamos no jardim do
fundo de casa ao lado do pomar caminhando devagarzinho pelo sentimento do mato
grosso que envolvia tatus quartos sótãos lagartixas reptilianos asteroides
movimentos opostos aos azuis celestes com estrelas douradas em um véu preto das
cruzes azuis e chinelos amarelos, sangravam lágrimas brancas de seu véu preto,
por onde o oculto dava lugar aos arabescos em ouro maciço enquanto a santa do
véu preto pendurava um cinturão cor de rosa com uma flor de margarida, era alada
e estava de um preto transparente acinzentado sobrevoava ao poente da agadot da
sobrevivência. A cor pink apareceu de um muso de um arlequim do vale cósmico
intergalático por entre nossas senhoras dos véus abertos. Enquanto a elite do
poder se mascarava no carnaval das colinas de joposflei, os lobos da estepe
andina vagueavam pelo perdão verdadeiro pela boa sorte de se alimentarem de sangue.
O sangue vermelho escorria na corrente macia da neve. Lá embaixo o pátio úmido
e liso como um tobogã lúcido e perigoso de tão transparente.
Mamãe e eu começamos a correr com os lobos
enquanto os homens em sociedade partilhavam das mesmas frutas de todas as
árvores plantadas embaixo das eras do pomar, ao redor de todas as tendas de
alvenaria em marrom da humildade e da simplicidade. Uma memória de Sherlock
Holmes indo a um estudo em vermelho, nos cabelos, um lírio branco enfeitando,
uma morte no fim da curva.
Enquanto os muros abaixavam, a terra desabava
e o mar atiçava mas não ia, ia e vinha, voltava e balançava na escuridão das
águas. O futuro do poder vendia joias à prestação e pagava à vista. Em cada
signo uma história, em cada assassinato uma senhora, em cada ventre, o ouro e a
prata, o nascer da humanidade. Das rimas da vida e da morte, a névoa cinza do
paraíso se jorrava de cima gigantes em verdes da cor da Amazônia, água água
água, orvalho, orvalho e a gota do orvalho. Quando a primeira gota de orvalho
caiu, o globo se tornou uma aldeia, e os índios de colorido vestiam mais ainda
coloridos enquanto pintavam o corpo de preto em homenagem aos anjos que caíam das
nuvens em raios, enquanto os anjos tombados se comunicavam do topo com asas
largas engessadas em matéria. Flores de cerejeira azuis e margaridas amarelas, borboletas
amarelas com lacinho preto de veludo.
Mamãe me olhou e disse, do que vale
tanta tristeza assim, se dela não fazemos outrora, a nossa felicidade. As maçãs
da macieira ainda permaneciam azedas, mas o alecrim havia se espalhado, o boldo
havia se tornado parte do banho diário, a muda da flor do brasão do imperador lutava
em lutar contra a gravidade. Um dia viria, pois certo de que estava recebendo
chuva, gotas de orvalho e sombra de uma jabuticabeira. Hão de haver redemoinhos virados de cabeça pra baixo
com ventos lilás, e o
saturno vai até querer descer para nos enlaçar de anéis...anéis de vento lilás?
Não, dos cosmos.
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