segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Eu sabia que existia um Dragão para alguém no Mundo

 

Era uma  vez, a calda de um Dragão das Trevas que soltava fogo fervescente como as lavas do sol, tinha cor verde forte e hipnotizante que não se podia parar de olhar. Ele comia cascas de ostras da Austrália, bebia vinho verde de Portugal e fumava tabaco del Paraguay. Ele agia tão soturno que nem mesmo o medo reluzia em quem o visse, de tão soturno e oculto que era em suas sombras rastejantes que nuveavam às espreitas os corredores e esquinas de ruas habitadas por gente e desabitadas de dinheiro. Havia muitos dólares, mas as libras esterlinas ainda eram mais caras. O Dragão habitava o interior do Planeta Terra, e vivia arrebatadoramente em meio à escuridão abusiva e calor escaldante. Quando subia as escadas para chegar ao topo da Sibéria, vinha vestido de branco e azul índigo. A última vez que viera ao Planeta Terra havia deixado a China no vapor do ópio. Da segunda vez, havia iniciado a Maçonaria. E certa vez, quando havia aberto os olhos depois de uma soneca, suas lágrimas de cansaço criara sem querer as crianças-cristal. Depois que acordou novamente pela terceira vez no segundo milênio, ouviu um ruído que parecia serem túneis azuis, violetas e rosas pela eternidade de Seul em São Paulo Megal. Tentou ouvir o barulho dos carros em trânsito, mas só conseguira ouvir as sirenes, os metrôs, os ônibus e os trens. Sentiu nas narinas o violento perfume dos antioxidantes. Estendeu-se um pouco mais ao Oeste e viu que havia um cerco arredondado cercando o Planalto Branco no asfalto esbranquiçado. Seguiu o olhar no horizonte e somente avistou pubs em Washington DC. Subiu o olhar um pouco mais ao horizonte e enxergou as fumaças sobrevoando ainda em neblina escorregadia a Islândia, Escócia, Cork e Belfast. Interagiu com o interior e avistou Cannes e o cinema ainda parecia bem menor, bem mais exaustivo e sua palidez turva desaparecia em meio a tanta luz no  luar que refletia na alta praia. Na Polônia ainda havia gelo soterrado em cima da terra. Os bichos ferozes, Dragão do Sol os tinha, ainda percorrendo desenhos infantis da Looney Tunes. Enquanto isso, as viagens até Bariloche se enlouqueciam, e ninguém mais sabia ou tinha sabedoria o suficiente para descomplicar uma viagem ao Chile. Dessa maneira, o Dragão assoprou um ácido nostálgico de que as comunidades ainda pertenciam e a humanidade ainda era a mesma. Observou um pouco com os olhos amarelos do Deus de Todas As Obras e ainda havia crises e psicopatias à parte. Suspirou. Suplicou por sossego, ainda tendo um pouco mais, encheu seus pulmões de ar e de oxigênio de lá debaixo da Terra e soltou sua respiração, esbaforindo suor às desmedidas e um romântico elixir do sono.






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